Nasceu em Salzburg, Áustria, em 27 de janeiro de 1756. Morreu em Viena, em 5 de dezembro de 1791. Foi influenciado por todas as correntes de sua época, mas não pertence a nenhuma delas. A sua influência sobre os que o sucederam foi pequena. Os trabalhos da primeira mocidade são admiráveis apenas pelo fato de terem sido feitos por uma criança. Como a sua obra foi publicada sem número de Opus, Ludwig von Köechel fez, em 1862, um registro cronológico-temático, onde as obras têm números, em ordem cronológica, que se citam precedidos da letra K. Mozart não é um compositor de tipo instrumental como Haydn ou Beethoven, mas sim de tipo vocal como Handel ou Schubert. As suas obras instrumentais, no geral, têm valor inferior; são trabalhos de rotina ou por encomenda. Suas missas são alegres e brilhantes, com vívidos acompanhamentos orquestrais, árias em estilo operístico e coros. Embora riquíssimo em invenção melódica, sua melodia nem sempre é pessoal. Isto porque no século XVIII, antes do pré-romantismo, não se exigia originalidade nem genialidade (conceitos românticos). Por isso é confundido, facilmente, com outros compositores da sua época. Seus temas se parecem, por exemplo, com os de J. C. Bach. Mozart escreveu seguindo o estilo do seu tempo. Embora para o leigo a música de Mozart seja também parecida com a de Haydn, seu contemporâneo, há uma diferença: Haydn não usa o folclore vienense, mas sim o húngaro e eslavo, enquanto Mozart faz exatamente o contrário, usa o folclore vienense. Mas enquanto o primeiro usa o folclore como uma fonte vital para sua arte, Mozart usa-o como um divertimento, em obras ou trechos de menor seriedade musical. Outra diferença: Mozart explora suas invenções melódicas duma maneira mais conservadora, ortodoxa, dentro de limites estritos; Haydn, ao contrário, emprega as formas que cria duma maneira mais livre, heterodoxa, antecipando a arte de Beethoven. Apesar de muitas obras-primas instrumentais, convém admitir que Mozart é compositor de tipo vocal. Suas obras mais "mozartianas" são as óperas. Ele próprio se considerava, antes de qualquer outra coisa, como um compositor de ópera e suas óperas são, de todas as suas obras, aquelas que ele próprio mais admirava.
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