O caracol é um molusco comestível com mercado internacional. Sua existência na terra remonta à pré-história, antes mesmo do surgimento do homem. Os homens primitivos se alimentavam de caracóis antes até da descoberta do fogo. Nas escavações em cavernas foram encontradas ossadas humanas ao lado de conchas de caracóis comprovando que um dos primeiros alimentos do homem foi o caracol. Ao longo dos anos 3 da evolução da humanidade, os caracóis vão se fazendo presentes não só como alimento mas também nas belas artes, na literatura, na medicina, na religião. Muitas lendas e crendices também cercam esse pitoresco animal. Em suma, o caracol é um dos mais curiosos animais da natureza. A criação desse animal pelo homem tem o nome de HELICICULTURA e tornou-se necessária devido à caça predatória e à devastação da natureza nas áreas onde ele era, originalmente, abundante. ´
Na Medicina:
Desde a Antiguidade os caracóis vêm sendo recomendados como remédio para males do estômago, hidropisia e partos. Na Idade Média, utilizava-se a água onde se ferviam os caracóis contra dores de garganta e bronquite e para o combate de afecções gastrointestinais e cataplasma. Existem citações de curas milagrosas de úlcera gástrica pela ingestão, durante uma semana, de caracóis vivos, retirados de suas conchas.
No entanto, deve-se distinguir o que é científico do que é superstição ou crença sem embalsamamento científico. Na verdade, existem indicadores que comprovam o valor terapêutico dos caracóis, tais como os aminoácidos, contidos nas proteínas da carne do caracol e na sua baba, que contribuem para a reconstituição da integridade dos tecidos gástricos e, portanto, da cura da úlcera.
Por ser um alimento rico em cálcio e ácidos graxos polis saturados, a alimentação à base de caracóis é recomendada nos casos de raquitismo e de combate ao colesterol. Seu alto teor de sais minerais e de ferro são úteis durante a gravidez e amamentação. Como são pobres em lipídios, podem ser consumidos por aqueles que sofrem do fígado, arteriosclerose e obesidade.
Na França e Alemanha, os caracóis são a base de preparações de cosméticos e também são utilizados como artesanato em arranjos com conchas. No Brasil, desenvolvem-se pesquisas sobre a utilização da helicina (a baba dos caracóis) como cicatrizante de feridas e ulcerações.
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