A Rosa de João Verde

Qual foi a mão terrível, assassina,
Que essa setinea rosa perfumada
Cortou assim? Como ella ensanguentada
Há de odiar a doce mão franzina
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E para quê? P’ra se murchar, a pobre,
Na “boutonnière” com um dia apenas?
Que misteriosas lágrimas serenas,
Minha Senhora, a desgraça encobre!
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E amanhã talvez, já murcha, ella
Durma, eu sei lá! No vão d’uma janella
Ou n’algum cofre em rendas d’Alençon,
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Lembrando sempre a doce mão franzina,
A mão cruel, terrível, assassina
Lembrando sempre a delicada mão.

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João Verde