José Maria Eça de Queiroz

Escritor português (1845-1900).

José Maria de Eça de Queirós é considerado um dos mais importantes nomes da Literatura portuguesa. Nasce em Póvoa de Varzim e, filho ilegítimo, passa a infância afastado dos pais. Forma-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1866, e no mesmo ano estreia na Gazeta de Portugal, publicando o folhetim Notas Marginais. Em 1867, torna-se director do jornal Distrito de Évora, cargo que ocupa até 1870, quando entra na carreira diplomática. Enquanto serve na Inglaterra, lança O Crime do Padre Amaro (1875), primeiro romance realista português. Nele, expõe as linhas básicas de toda a sua obra: com um humor sarcástico, faz críticas violentas à sociedade de Portugal e denuncia a corrupção do clero e a hipocrisia dos valores burgueses. Essas características acentuam-se em Primo Basílio (1878), que retrata a decadência da burguesia. Cônsul em Paris, funda em 1889 a Revista de Portugal. Neste período, colabora na imprensa brasileira com contos e artigos. Escreve ainda os romances O Mandarim (1880), A Relíquia (1887) e Os Maias (1888). Seus últimos trabalhos trocam a ironia pela descrença no progresso e nos ideais revolucionários. Passa a exaltar a vida no campo e a valorizar as virtudes portuguesas. Desta fase são A Ilustre Casa de Ramires (1900) e A Cidade e as Serras, publicado em 1901 após sua morte.
Fonte- Artes e letras