José Maria Latino Coelho (1825-1891) nasceu em Lisboa e
faleceu em Sintra. Formou-se em Engenharia Militar, seguindo a carreira das
armas. Chegou a general e, tendo aderido ao Partido Republicano, foi eleito
deputado. Exerceu funções como Ministro da Marinha e como professor da Escola
Politécnica de Lisboa. Notabilizou-se com obras de foro histórico e ensaístico.
Fez uma versão de A Oração da Coroa de Demóstenes (1877), com um estudo
introdutório intitulado «A Civilização da Grécia». Este estudo foi contestado
por Oliveira Martins. Obras: História Política e Militar de Portugal, desde
Fins do Século XVIII até 1914 (Lisboa, 3 vols. publicados entre 1874-1891) Luís
de Camões (biografia, Lisboa, 1880), Vasco da Gama (biografia, Lisboa, 1882),
Marquês de Pombal (biografia, Lisboa, 1904), Garrett e Castilho (Lisboa, 1917),
Tipos Nacionais (Lisboa, 1919), Cervantes (biografia, Lisboa, 1919), Arte e
Natureza (Lisboa, 1923) e Literatura e História (Lisboa, 1925).
Se tivesses baqueado aos ecos da batalha
Vendo igual decisão nos bravos da fileira!...
Se, ao beijares o pó, tivesses, por mortalha,
A bandeira da Pátria – a que já foi bandeira!...
Se aqui, onde nasceste, e onde rebenta a flor
Nos impérvios da seria, à luz do Sol radiante,
Pudesses contemplar um íris salvador,
Ao voltar para o céu a pupila expirante!...
Feliz, feliz de ti! Felizes nós, também!
Que unir, no extremo alento, a boca aos lábios pulcros
Da mão que nos criou, da Pátria – a santa mãe,
É ver o Sol da aurora à beira dos sepulcros!
Eu, tão chegado à morte – eterna companheira!
Espero que amanhã, no mundo sideral,
Aqueles que adorei, durante a vida inteira,
Os tenha em seu regaço essa amante ideal!
Vendo igual decisão nos bravos da fileira!...
Se, ao beijares o pó, tivesses, por mortalha,
A bandeira da Pátria – a que já foi bandeira!...
Se aqui, onde nasceste, e onde rebenta a flor
Nos impérvios da seria, à luz do Sol radiante,
Pudesses contemplar um íris salvador,
Ao voltar para o céu a pupila expirante!...
Feliz, feliz de ti! Felizes nós, também!
Que unir, no extremo alento, a boca aos lábios pulcros
Da mão que nos criou, da Pátria – a santa mãe,
É ver o Sol da aurora à beira dos sepulcros!
Eu, tão chegado à morte – eterna companheira!
Espero que amanhã, no mundo sideral,
Aqueles que adorei, durante a vida inteira,
Os tenha em seu regaço essa amante ideal!
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