Maria de Conceição de Matos Ferreira
da Silva (Lisboa, 29 de Setembro de 1890 — Lisboa, 18 de Setembro de
1952) foi uma actriz portuguesa.
Estudou Piano,
Canto e Arte
Dramática no Real Conservatório de Lisboa, fazendo exame final com a
peça Rosas de Todo Ano
escrita expressamente por Júlio Dantas.
Estreou-se profissionalmente no Teatro
Nacional D.
Maria II na peça Judas
(1907). Casou-se em 1913 com o actor Mendonça de Carvalho, com quem fundou a
empresa teatral Maria Matos - Mendonça de Carvalho, companhia que
obteve considerável prestígio. Em 1940, é nomeada professora do Conservatório Nacional de Teatro, onde regeu as cadeiras de
Estética Teatral e de Arte de Dizer.
O seu talento evidenciou-se na farsa e na comédia, géneros em
que se consagrou. No cinema participou em películas de sucesso como Costa do Castelo (1943) e
A Menina da Rádio
(1944) de Arthur Duarte
em que contracenava com António
Silva, participando também noutros filmes, como As Pupilas do Sr. Reitor (1935) e Varanda dos Rouxinóis
(1939) de José
Leitão de Barros ou A
Morgadinha dos Canaviais (1949) de Caetano Bonucci e Amadeu
Ferrari.
Escreveu as peças A
Tia Engrácia, Direitos
de Coração e Escola
de Mulheres; publicou ainda Dizeres
de Amor e Saudade. Após a sua morte, foram editadas As Memórias da Actriz Maria Matos,
em 1955 e em 1972, o seu nome foi atribuído a um novo e agora conceituado
teatro de Lisboa - o Teatro Maria Matos.
Era mãe da actriz Maria Helena Matos (1911 - 2002).
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