sábado, junho 25, 2011

Homenagem a Eugenio de Andrade

Canção (Eugénio de Andrade)
 
Tu eras neve.
Branca neve acariciada.
Lágrima e jasmim
no limiar da nadrugada.

Tu eras água.
Água do mar se te beijava
Alta torre, alma, navio,
adeus que não começa nem acaba.
 
Eras o fruto
nos meus dedos a tremer.
Podíamos cantar
ou voar, podíamos morrer.

Mas do nome
que maio decorou,
nem a cor
nem o gosto me ficou.

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