Quinta-feira de Ascensão/Dia da Espiga
(40 dias após a Páscoa)
Segundo o calendário litúrgico, na Quinta-Feira da Ascensão
comemora-se a ascensão de Jesus Cristo ao Céu,
encerrando um ciclo de quarenta dias após a Páscoa.
Mas neste dia celebra-se igualmente o Dia da Espiga
ou Quinta-Feira da Espiga.
Sobretudo no Sul do País é tradição as pessoas irem
para os campos apanhar a espiga de trigo e outras flores silvestres,
fazendo ramos simbólicos da fecundidade da terra e da alegria de viver;
algumas espigas, geralmente de trigo, simbolizam a abundância,
as papoilas, rosas, margaridas e malmequeres a beleza e o ramo de oliveira a paz.
Este ramo, em número de combinações variáveis
conforme as localidades, pendura-se dentro de casa
e aí se conserva durante um ano, até ser substituído pela “espiga” do ano seguinte.
Crê-se que este costume tenha as suas raízes num antigo ritual cristão
que consistia na bênção dos primeiros frutos,
mas as suas características fazem-no adivinhar origens mais remotas,
muito provavelmente em antigas tradições pagãs
associadas às festas em honra da deusa Flora
que ocorriam por esta altura.
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