sexta-feira, novembro 11, 2005

Hoje é "Dia de S. Martinho"



Anthony van Dyck. St. Martin Dividing His Cloak. 1620-1621.
Oil on canvas. Windsor Castle, Royal Collection, UK

Lenda de São Martinho
Também conhecido por S. Martinho de Tours, nasceu na Hungria, em 316 ou 317. Serviu na guarda imperial até aos 40 anos, altura em que foi ao encontro de Santo Hilário, bispo de Poitiers, que lhe conferiu ordens sacras para entrar na vida religiosa, tendo sido nomeado Bispo de Tours.
No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo foi a enterrar, no ano de 397. Segundo a igreja, «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente".
Durante toda a Idade Média e até uma época recente, São Martinho foi o santo mais popular de França; é aliás, o Apóstolo das Gálias. O seu túmulo em Tours, transformado numa Basílica no século V, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. Graças à sua generosidade e humildade, e também fama de milagreiro, foi um dos santos mais queridos da população.
O facto do dia do seu enterro coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura em que termina a faina agrícola contribui para a componente festiva e popular das celebrações, que assim integram os produtos das colheitas e também um forte espírito de solidariedade.


O Verão de São Martinho
Reza a lenda que, ainda na sua vida de soldado, se deparou com um mendigo a pedir esmola. Sem nada para lhe dar, lembrou-se de cortar a sua capa vermelha com uma espada para dar metade ao homem que enregelava. Satisfeito com este acto altruista e generoso, Deus fez surgir no céu um sol de Verão, para que nem o pobre nem o soldado ficassem com frio. Assim, todos os anos temos o Verão de São Martinho...

Provérbios

No S. Martinho assam-se as castanhas e prova-se o vinho.

Depois do S. Martinho bebe o vinho e deixa a água para o moinho.

Pelo S. Martinho mata o porco e semeia o cebolinho.

No S. Martinho vai-se á adega e fura-se o pipinho. Mas quem for honrado já deve ter furado.

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